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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A oração não pode ser feita com hipocrisia


Podemos esconder dos homens
os nossos pensamentos e os
nossos sentimentos, mas de
Deus jamais conseguiremos

esconder nada!
       Mt 6:5 - E, quando orares, não sejas como os hipócritas[1], pois se comprazem[2] em orar em pé nas sinagogas[3] e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão[4].


Uma das coisas que mais nos afastam de Deus é a hipocrisia. Mas o que é hipocrisia? Imagine uma pessoa que somente se aproxime de você por interesse: ela diz que te ama, mas não te respeita como uma pessoa que ama verdadeiramente deveria respeitar. E, além do mais, se gloria pelas coisas que conseguiu às suas custas. Revoltante, não?

 A falsidade é uma das piores coisas que podemos enfrentar, porque um sujeito falso é dotado de más virtudes como fingimento, traição, covardia, egoísmo e falta de amor. Se isso causa tristeza e indignação em nós que somos limitados e simples seres humanos, imagine só em Deus que tudo sabe e tudo vê. Como sabemos, o Espírito Santo se entristece com nossas palavras torpes[5] e com nossas atitudes insensatas (Ef 4:29-31), e essas coisas provocam a ira de Deus (Ef 5:6). Devemos refletir diariamente se estamos sendo sinceros e justos em nossas atitudes, palavras e até pensamentos.
Tanto diante de Deus
quanto diante dos homens
devemos nos guardar de
usarmos  palavras
arrogantes e soberbas

em nossas orações
   Aqui Jesus nos orienta a quando orarmos não sermos como os hipócritas. Se Ele teve a preocupação de dizer isso é porque realmente os hipócritas não lhe agradam. Sabe como agiam muitos dos homens naquela época?

 Imagine a cena: uma pessoa orando num lugar público, dizendo em voz alta palavras que exaltam a si mesmo e menosprezando pela aparência aqueles que pareçam não ter a sua mesma espiritualidade (Lc 18:11), usando largos filactérios[6] e roupas que o identifiquem como servo do Senhor, agindo de uma forma que chame a atenção para que todos vejam e acreditem que ali está um verdadeiro homem de Deus! Pois essa era uma rotina muito comum de muitos religiosos daquela época (Mt 23:5-7[7]).

Porém, essas atitudes foram duramente repreendidas pelo nosso Mestre (Mt 23:8-10). Mas, e hoje? Será que a realidade está diferente? Infelizmente, não! Esse tipo de ação só está sendo praticado de forma diferente: ao invés de sinagogas e esquinas de praças, hoje estão usando púlpitos de grandes templos, palcos de ginásios e estádios lotados, canais de televisão, emissoras de rádio e todos os demais meios de comunicação de fácil acessibilidade existentes no momento.

Muitos dos que são -e muitos que dizem ser- usados pelo Senhor através dos dons de oração, fé, cura e operação de milagres têm transformado isso num grande show de exibição pública com o objetivo de se auto-promoverem e serem bem-sucedidos financeiramente.
 Não preciso nem dizer o quanto essas atitudes são repugnantes diante de Deus (At 8:9-23; 2ª Rs 5:1,9,10,14-16,21-27). Há também os crentes que agem soberbamente as vezes até por ingenuidade, como por exemplo: Aqueles que constantemente oram e jejuam e fazem questão de dizer isso publicamente;
 Aqueles que se levantam de madrugada e oram em voz alta a ponto de incomodar os familiares e até os vizinhos;

Existem outros que quando chegam à igreja se ajoelham pra orar e em seu clamor somente usam de palavras que exaltam as suas próprias virtudes; E ainda há os que quando testemunham nunca deixam de destacar sua grande capacidade espiritual citando arrogantes frases como: “Quando eu oro, o milagre acontece!”,
 “Oro todas as madrugadas por pelo menos uma hora!”,
“Deus somente não me deu esse negócio porque eu ainda não pedi!”,
“Quando eu impor as minhas mãos, vocês vão sentir o poder de Deus!”, “Sou isso, sou aquilo, eu faço, eu aconteço...!”.

Quero deixar bem claro que tais pessoas, uma vez ou outra, podem estar sendo sinceras e dizendo a verdade, porém, o que não dá pra concordar é com a forma como algumas delas usam o poder de Deus em seu benefício próprio em vez de simplesmente se deixarem ser usadas por Ele.

Se nós nos incomodamos com isso, imagine como o Espírito Santo se sente, pois nem o próprio Senhor Jesus tomava esse tipo de atitude (Jo 8:54).
O galardão dos hipócritas se
resume em falsos aplausos e
elogios, mas o galardão dos
humildes é a verdadeira
exaltação que vem

diretamente de Deus
    
O Grande Mestre disse ainda que os hipócritas já receberam o seu galardão. Mas o que seria esse galardão?
 A fama, os aplausos, a admiração, a posição ministerial, o status social, o dinheiro, enfim, todas as coisas que puderem alcançar nessa terra e até mesmo as bênçãos espirituais alcançadas através dos dons espirituais que lhes foram concedidos pelo Espírito Santo.
 E Jesus deixou bem claro que devemos cuidar em primeiro lugar das coisas espirituais porque das materiais o nosso Pai Celestial está cuidando (Mt 6:31-34) e que por mais que sejamos usados por Ele, o importante é preservarmos a nossa salvação (Lc 10:19,20), porque não devemos nos vangloriar naquilo que não nos pertence (Gl 6:14).

 A hipocrisia é um pecado tão grave que muitos dos que se julgam salvos pelo fato de serem bem vistos e poderosamente usados nas mãos do Senhor terão uma péssima surpresa naquele Grande Dia (Mt 7:21-23). O galardão dos hipócritas é dado aqui mesmo nessa terra, mas quanto aos justos, independentemente de estarem desfrutando de abundantes bênçãos materiais ou não, seu galardão será eterno (1ª Pe 3:11,12).

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